🔴🔴A “técnica dos 21 dias” não é uma teoria em si mesma, e sim uma prática derivada de conceitos da sabedoria antiga, já ensinados na Ìndia e outras culturas milenares. Um indivíduo, para modificar um comportamento, melhorar uma habilidade ou para modificar ou formar um hábito, necessita manter acesa a chama da motivação e persistir praticando por um período suficiente até que esteja consolidado e comece a aparecer espontâneamente, tanto no corpo quanto na mente.
Há várias formas de compreender o ser humano; já sabemos muito sobre a aprendizagem humana, pois foi investigada ao longo de séculos, seja pelos filósofos e professores quanto atualmente pelos pesquisadores do cérebro. Mudar um comportamento é, de certa forma, modificar a própria personalidade. A teoria cognitiva comportamental da Psicologia diz-nos que somos feitos de nossos comportamentos e hábitos, e estes reforçam a forma como nossas crenças e valores pessoais nos descrevem. O indivíduo deve aceitar uma nova forma de pensar sobre si mesmo para conseguir mudar um hábito – isto é, modificar suas crenças pessoais. E isto só se obtém quando se confere um forte significado para a mudança.
Os bons líderes, treinadores, professores e coaches sabem disso – é necessário motivar e estimular sempre, atrelar os novos hábitos a uma diferente forma de ver a si mesmo, celebrar ritualmente as melhorias e aceitar a mudança pequena, exercitando-a regularmente até a perfeição, até passar para um novo nível de dificuldade.
Estes conceitos foram corroborados pelas pesquisas modernas da Neurociência (vide, por exemplo, o livro “O Código do Talento” – Mielinização e Talento), que mostram como o entusiasmo e motivação – proporcionada por uma execução de uma prática de mudança com plena atenção – modifica rápidamente o cérebro e facilita a aquisição de um hábito e o aprendizado profundos. E mostram também que tentar aprender “por osmose”, sem muito interesse e participação, praticamente não dá resultados.
Serve para a pessoa criar um hábito em todos os fatores da vida? Exemplo: Financeiro, comportamento, autoestima…
Sim, pode servir para qualquer tipo de mudança, pois todas as áreas onde temos interesse na melhoria possuem um componente cognitivo (uma forma de pensar) e um comportamento físico associado. Podemos estudar os comportamentos e pensamentos de pessoas excelentes em várias áreas, copiar e praticar os seus hábitos através deste tipo de prática, associando o princípio chamado de “modelagem” à esta determinada forma de prática de mudança.
No entanto há hábitos que estão enraizados muito profundamente na personalidade e outros que são um pouco mais superficiais. Um hábito como comer em excesso muitas vezes é uma dependência química que serve para regular a baixa serotonina (o neurotransmissor do bem-estar) e outras vezes é apenas um hábito alimentar que sobreviveu aos tempos de infância. Há que analisar quais hábitos podem ser modificados sem ajuda externa. Um hábito como dizer muito palavrão, por exemplo, pode ser apenas um condicionamento de muitos anos, e pode ser modificado com apenas alguma prática deste tipo de técnica.
Recomenda-se que se faça uma análise do quão compulsivo é o hábito destrutivo e o quão prazeiroso é a inclusão do novo hábito construtivo que se deseja implantar. A partir desta investigação pode-se decidir por modificar o hábito por si só ou optar por pedir a ajuda de um coach ou de um psicoterapeuta.
Além disso, vamos supor que uma pessoa quer modificar um hábito tal como o descontrole financeiro – na verdade este é um hábito complexo, que passa pela sua habilidade de resistir à própria frustração, pela sua compreensão de como projeta o seu futuro em termos de riscos e oportunidades e até como isso espelha na sua autoestima. Pode ser necessário, em alguns tipos de hábitos, subdividir a prática da mudança em diversos hábitos componentes, para ter uma melhor garantia de sucesso.
Existe alguma explicação pelo número 21?
Mas, em resumo podemos dizer que o uso da técnica dos 21 dias é uma forma ritualística de proporcionar significado à mudança, conferindo uma meta definida, uma data de início e de término específicas, e também mantendo em alta o entusiasmo e o interesse pela mudança. Dividir a prática da mudança em segmentos de três semanas (e mais uma de descanso) permite manter a motivação em alta, pelo estímulo permanente da novidade, e ao mesmo tempo entender e exercitar bem os comportamentos específicos que são parte do hábito desejado.
Poderia ser mais ou menos tempo? Alguns falam em 30 ou 40 dias e eu mesmo prefiro entender a prática como sendo de 28 dias, pois considero o período de descanso como parte da prática. Mas também são números experimentais, não uma obrigação rigorosa. Contudo há um fenômeno neuroquímico no cérebro que regula a nossa percepção do que é uma novidade. As novidades estimulam a nossa amígdala cerebral e o sistema reticular, partes do cérebro responsáveis pela alerta, pelo aprendizado profundo e pela atenção. Se persistirmos em fazer a mesma coisa por muito tempo, nosso cérebro se acostuma e não investe mais em criar circuitos de sinapses cerebrais para prestar atenção nela… Isto é, entramos em “modo zumbi” e paramos de aprender. E se fizermos por pouco tempo, não teremos suficientes benefícios de consolidação das mudanças neurológicas que servem de base para a mudança e implantação do novo hábito.
O período de 21 dias é considerado adequado pelos que praticaram a técnica – mas ressaltando que alguns hábitos mais complexos vão necessitar da repetição espaçada e incremental por alguns ciclos de aprendizado-habituação, até se chegar a uma condição excelente. (matéria criador da Psicocibernética, o médico Maxwell Maltz) 🔴🔴 Por isso, a Cura Quântica o curso que vou dar online, será por 21 dias! Vejam mais, no link: http://bit.ly/2lygajY
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